FMI minimiza risco de inflação alta com plano de estímulos de Biden
Os receios de uma inflação descontrolada nos Estados Unidos, provocada pelo vasto plano de estímulos que o presidente Joe Biden quer lançar, são exagerados, segundo a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gina Gopinath.
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Economia EUA
"A experiência das últimas quatro décadas torna pouco provável, mesmo com o pacote orçamental proposto, que os Estados Unidos registem uma pressão nos preços que leve a inflação a ultrapassar bastante o objetivo de 2% definido pela Fed" (Reserva Federal, banco central norte-americano), considera Gina Gopinath, num artigo publicado no blogue do FMI.
A nova administração norte-americana propôs ao Congresso a aprovação de um pacote de relançamento económico de 1,9 biliões de dólares e "mesmo os economistas que se mostram habitualmente mais expansionistas mostram-se preocupados com um sobreaquecimento que possa levar a inflação para níveis bem acima dos defendidos pelos membros do banco central", observa a economista.
Se o plano for adotado, a inflação "rondará os 2,25% em 2022, o que não é preocupante", sublinha.
Em 2020, a inflação ficou em 1,3% nos Estados Unidos, de acordo com o índice usado pela Fed.
O banco central norte-americano defende uma inflação anual de 2%, mas já mostrou disponibilidade para aceitar um aumento temporário para um nível mais elevado, antes de decidir subir as taxas de juro, como faz normalmente nessas situações. Isso deve permitir que atinja o seu objetivo de pleno emprego.
Um aumento das taxas pela Fed significaria que os bancos comerciais também aumentariam as taxas sobre os créditos que concedem aos clientes, o que tem como consequência abrandar o consumo, que representa mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.
Segundo cálculos recentes do FMI, o pacote de relançamento pode aumentar o PIB norte-americano entre 5% e 6% em três anos.
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