Na informação que transmitiu hoje ao mercado, o grupo espanhol dono do BPI, explica que sem estas variações extraordinárias, o lucro seria de 514 milhões, mais 470% do que em 2020, quando os resultados foram muito afetados pelas medidas tomadas para enfrentar a crise provocada pela pandemia de covid-19.
Estes resultados incluem 444 milhões de euros do negócio bancário e de seguros, 58 milhões de euros da filial portuguesa (BPI) e 12 milhões de outras participações no capital social.
Os resultados publicados hoje sobre a evolução do primeiro trimestre do ano são os primeiros que incluem os ativos e passivos da integração do Bankia, assim como os ganhos contabilísticos resultantes do processo de inclusão no seu balanço.
No entanto, os resultados não incluem a atividade do Bankia durante esse período, visto que a transação foi encerrada em finais de março, não tendo a fusão qualquer impacto sobre as diferentes linhas de atividade.
O Grupo CaixaBank informa que tem mais de 663 mil milhões em ativos e presta serviços a 21,1 milhões de clientes em Espanha e Portugal, depois de formalizar o processo de fusão com a Bankia no final de março e "consolidar a sua liderança" no sistema financeiro espanhol.
O balanço do grupo espanhol reflete a incorporação do ativo e passivo do Bankia pelo seu valor em 31 de março último, a data de referência para a fusão das duas entidades para fins contabilísticos.
As contas do grupo mostram uma rubrica extraordinária associada à fusão (fundo de comércio negativo ou 'badwill') de 4.300 milhões de euros, que, juntamente com os custos extraordinários da fusão e o lucro ordinário, dá origem a um lucro contabilístico atribuível no primeiro trimestre de 4.786 milhões de euros.
O CaixaBank afirma ter reforçado as suas quotas de mercado após a fusão, tendo 25,3% em empréstimos, 25,2% em depósitos de famílias e empresas, e 24,9% em fundos de investimento.
Por outro lado, o banco mantém "uma sólida posição de solvência e liquidez, bem acima dos níveis requeridos": o rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1) é de 14,1%.
O rácio de crédito mal parado foi de 3,6% e o rácio de cobertura de 67%, sendo o custo do risco (últimos 12 meses) de 0,61%.
"Consolidámos a nossa liderança no sistema financeiro, alcançando quotas de mercado de cerca de 25% e os melhores rácios de solvência, liquidez e qualidade de crédito, entre os grandes bancos em Espanha", afirmou o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar.
O CaixaBank apresentou lucros de 1.381 milhões de euros em 2020, uma diminuição de 19% em relação a 2019, depois de constituir provisões de 1.252 milhões para enfrentar o impacto da covid-19.
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