Restauração e alojamento melhor em abril mas "ainda é preocupante"

As empresas da restauração e do alojamento turístico registaram melhorias na atividade em abril, com o avançar do plano de desconfinamento, segundo o inquérito mensal da AHRESP, mas "há um longo e doloroso caminho a percorrer".

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© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
12/05/2021 13:02 ‧ 12/05/2021 por Lusa

Economia

Restauração

 

O inquérito mensal da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) relativo a abril conclui que as empresas do setor registaram melhorias na atividade com o avançar do plano de desconfinamento, mas "a situação ainda é preocupante, consequência de mais de um ano com enormes prejuízos".

Segundo os dados recolhidos, no setor da restauração 26% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua atividade, sendo que mais de metade (52%) tiveram uma quebra de faturação em abril superior a 40%.

Como consequência da ainda forte redução de faturação, 11% das empresas não conseguiram efetuar o pagamento dos salários em abril e outras 11% só o fez parcialmente.

Perante esta realidade, 40% das empresas de restauração dizem já ter efetuado despedimentos desde o início da pandemia.

"Sem mais apoios a fundo perdido, 31% das empresas assume que não conseguirá manter os negócios a funcionar", realça a associação.

No alojamento turístico, 19% das empresas indicam estar com a atividade suspensa, 43% não registou qualquer ocupação em abril e 27% indicou uma ocupação até 10%.

Para o mês de maio, 32% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero e 28% das empresas perspetivam uma ocupação máxima de 10%, adianta o mesmo estudo.

Neste contexto, 11% das empresas do setor ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar todos os normais encargos da sua atividade, sendo que, para 40% das empresas inquiridas, a quebra de faturação do mês de abril foi acima dos 90%.

Como consequência da forte redução de faturação, acrescenta, 22% das empresas não conseguiram efetuar pagamento de salários em março e 5% só o fez parcialmente.

Ao nível do emprego, 30% das empresas já efetuaram despedimentos desde o início da pandemia. Destas, 25% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo.

A pandemia de covid-19 levou a um segundo confinamento em meados de janeiro, tendo a primeira etapa do processo de desconfinamento se iniciado dois meses depois, em meados de março.

A reabertura da restauração arrancou apenas em dia 05 de abril, iniciando-se pelas esplanadas, com o limite máximo de quatro pessoas por grupo, tendo duas semanas depois passado a poder ter serviço de sala, mas com limitações de horário.

Leia Também: Economia do Reino Unido contrai 1,5% no 1º trimestre

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