A carta, subscrita por dezenas de pessoas, é dirigida à presidente do Conselho de Administração da transportadora aérea portuguesa, Christine Ourmiéres-Widener, e questiona sobre uma "possível discriminação sobre mulheres piloto desta companhia", uma vez que "sendo as mulheres apenas 4,4% do total da frota, representam 15% dos que vão ser despedidos, um valor três vezes superior".
"Este grupo questiona se o princípio da igualdade de género no trabalho foi efetivamente aplicado no conjunto de critérios estabelecidos para este despedimento coletivo", lê-se num comunicado da UMAR hoje divulgado.
O documento refere que há pilotos homens com menos tempo de antiguidade na TAP que não constam da lista de despedimentos.
"Verifica-se ainda a (não) aplicabilidade da norma que afirma que trabalhadores com especial vulnerabilidade pessoal e social não serão incluídos na lista de despedimentos e falta de transparência na monitorização desses critérios, que suscita interrogações a uma eventual discriminação indireta", acrescenta o comunicado.
A UMAR refere ainda que a carta aberta "interpela" a presidente executiva da TAP, sobre a qual recordam iniciativas anteriores de promoção da entrada de mulheres na aviação, no sentido de saber "se pode ter alguma palavra a dizer sobre estas mulheres piloto que se sentem discriminadas e se existem medidas previstas para uma maior monitorização, no sentido de impedir discriminações de género nesta empresa".
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