"A inflação avança a um ritmo muito acima das previsões do Banco da Rússia e deve ficar entre 7,4% e 7,9% no final de 2021", indicou a instituição em comunicado.
O problema da inflação tem sido agravado pela estagnação ou mesmo declínio dos rendimentos reais dos russos desde há anos.
Os analistas da Capital Economics esperavam uma subida mais baixa da taxa diretora e consideraram que os números da inflação de setembro foram uma desilusão, após se ter verificado uma desaceleração na subida dos preços durante o verão.
Em setembro, a taxa de inflação anual na Rússia atingiu 7,4%, o que se deve essencialmente à subida dos alimentos. Isso representou uma aceleração significativa em relação aos 6,7% de agosto.
Devido à inflação, o Banco da Rússia começou a aumentar a sua taxa de referência, que estava historicamente baixa, em março, pela primeira vez desde 2018.
Hoje, a instituição deu a entender que pode decidir novos aumentos nas próximas reuniões e sublinhou que a sua política monetária pretende reduzir a inflação anual para 4%.
Após um período de inflação em níveis baixos, os preços no consumidor começaram a aumentar na Rússia em março de 2020, em plena pandemia, um fenómeno que acelerou com a recuperação económica e com o aumento dos preços das matérias-primas nos mercados mundiais.
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