"A adesão à greve está nos 100%, por isso, as estações estão fechadas. Não há circulação de comboios", disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
A sindicalista explicou que esta greve assenta nos mesmos motivos das greves parciais anteriores realizada nos dias 11 e 18 de março e nos passados dias 14 e 22 de abril.
"Os motivos são os mesmos. Tem a ver com uma situação específica numa área da empresa que representa os trabalhadores maquinistas e os trabalhadores chefia do posto de comando central", disse.
Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumprem hoje uma nova greve parcial, entre as 06:30 e as 09:00, devido à falta de condições de trabalho na área operacional, pelo que a circulação só deverá ser retomada a partir das 09:30.
Normalmente, o metro funciona entre as 06:30 e a 01:00.
Anabela Carvalheira disse na quarta-feira à Lusa que a greve prende-se com "a situação desregrada quer de horários, quer de falta de trabalhadores e más condições de trabalho e, sobretudo, a grande prepotência por parte da direção que leva a que os trabalhadores estejam a atingir o limite de cansaço".
"[Os trabalhadores] não podem continuar desta forma porque não conseguem cumprir com aquilo que é a necessidade de um bom serviço público de transporte", salientou.
De acordo com Anabela Carvalheira, a administração da empresa já "tentou perceber quais os motivos" dos trabalhadores para a greve, mas, frisou, que não valerá a pena continuarem a dizer que estão a tentar perceber, pois trata-se de uma "situação que se arrasta desde 2018 e quais os são os motivos que estão implícitos".
"Para já não há nenhuma reunião prevista com a administração", disse a responsável.
No 'site' do Metropolitano de Lisboa (ML), a empresa informou que "por motivo de greve convocada pelas organizações sindicais representativas dos trabalhadores do ML (...), a empresa prevê a paralisação do serviço de transporte das 06:30 às 09:00 e retoma da circulação de comboios a partir das 09:30".
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