O sindicato dos tripulantes de cabine propõe uma greve na TAP para os dias 8 e 9 de dezembro, avança a SIC Notícias. A proposta está a ser votada em assembleia geral.
Na semana passada, recorde-se, o sindicato dos tripulantes da TAP pediu hoje a marcação de uma assembleia geral, com caráter de urgência, para debater o Acordo de Empresa enviado pela transportadora aérea, não descartando o recurso à greve.
O sindicato dos tripulantes justificou o pedido de convocatória com os "sistemáticos atropelos" ao Acordo de Empresa em vigor e ao Acordo Temporário de Emergência.
A isso, diz, somam-se a "falta de respeito que a TAP tem vindo a ter perante os tripulantes" e as "mais do que questionáveis decisões de gestão que acabam por ter um impacto direto e indireto" na vida destes trabalhadores.
A situação "culminou mais recentemente com a denúncia do Acordo de Empresa em vigor, acompanhado de uma proposta de AE inenarrável", acrescenta.
O SNPVAC considera que desde o primeiro momento procurou "a via do diálogo, para tentar solucionar os vários diferendos e entendimentos antagónicos que têm surgido por parte da empresa nos últimos tempos", argumentando que "ninguém pode acusar esta direção [sindical] de discursos incendiários, baseados em clichês populistas ou de sustentar as suas posições em meras demagogias, para satisfazer vontades momentâneas ou agendas pessoais".
"Chega de faltas de respeito, incoerências e ilegalidades", pode ler-se no comunicado aos associados.
Durante uma audição conjunta sobre a privatização da TAP na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, em 12 de outubro, o presidente do SNPVAC já tinha afirmado que os trabalhadores querem "uma administração competente, transparente e com sensibilidade social, algo que ao longo dos últimos meses, semanas e dias não se tem verificado por parte" da atual gestão.
Sustentando que "a atual situação da TAP não advém de ser privada ou pública, houve foi incompetência", Ricardo Penarróias disse que, "nos 77 anos da historia da TAP, os erros foram uma constante" e assumiu-se preocupado por se repetirem "os mesmos erros do passado": "Uma privatização feita à pressa, em cima do joelho e sem ouvir os trabalhadores".
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