O ministro das Finanças, Fernando Medina, admitiu, esta segunda-feira, que os próximos meses serão de "elevada incerteza", numa altura em que os mercados continuam a digerir os impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia. Além disso, reafirma que a redução da dívida pública é um dos objetivos do Executivo.
"Enfrentamos meses de elevada incerteza em que os mercados financeiros e de capitais continuarão a digerir os efeitos da pandemia e da guerra da Rússia contra a Ucrânia, no quadro da transformação estrutural resultante dos desafios climáticos, digitais e num contexto de subida de juros após mais de uma década de taxas anormalmente baixas", disse Medina, na cerimónia de tomada de posse dos membros dos conselhos de administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
O ministro acrescentou que "perante este cenário, a promoção da confiança e da estabilidade financeira são prioritárias para o Governo e não se esgota na regulação e na supervisão".
"Elegemos como um dos nossos objetivos reduzir a dívida pública", lembrou o ministro das Finanças.
Cerimónia de tomada de posse dos membros dos conselhos de administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. https://t.co/rg8vJvOllj
— República Portuguesa (@govpt) November 28, 2022
Na semana passada, recorde-se, Fernando Medina assumiu o objetivo de retirar Portugal de uma situação em que a dívida pública é um "duplo passivo", passando antes a ser um ativo de financiamento do Estado.
O Governo aprovou, na quinta-feira, em sede de Conselho de Ministros, as resolução que designam os novos membros do conselho de administração do Banco de Portugal (BdP), da CMVM e da ASF.
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