A taxa de inflação terá voltado a desacelerar em fevereiro, segundo os dados preliminares do INE, mas a verdade é que a subida dos preços continua a ter impacto no poder de compra dos consumidores. Quanto baixou o seu ordenado com o efeito da inflação?
Há uma ferramenta da Pordata - à qual pode aceder aqui - que ajuda a responder a esta questão: "Pode ter recebido um salário de mil euros, mas o seu poder de compra é de apenas 918 euros".
Significa isto que um trabalhador que ganhe um salário de mil euros perde 82 euros com o efeito da inflação.
Na prática, a funcionalidade da Pordata "permite converter um determinado montante, utilizando o valor mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Trata-se de transformar valores a preços correntes/nominais em valores a preços constantes/reais, descontando a inflação. O cálculo é efetuado com base no último valor mensal do índice divulgado pelo INE".
A taxa de inflação terá voltado a desacelerar em fevereiro para 8,2%, de acordo com os dados divulgados na terça-feira pelo INE.
Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído, pelo quarto mês consecutivo, para 8,2% em fevereiro de 2023, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", refere o INE.
Em sentido oposto, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá acelerado para uma variação de 7,2% (7,0% no mês precedente).
Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para 2,0% (taxa inferior em 5,1 p.p. face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá acelerado para 20,1% (18,5% em janeiro).
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