"O conflito em Gaza pode durar até 2025 e há riscos de que se estenda a outras frentes", declarou a Fitch numa nota, divulgada na segunda-feira.
"Além da perda de vidas, poderá conduzir a despesas militares adicionais significativas, à destruição de infraestruturas e causar danos duradouros à atividade económica e ao investimento, conduzindo a uma maior deterioração das perspetivas de crédito de Israel", referiu.
As finanças públicas foram atingidas e prevê-se que Israel registe um défice orçamental este ano, acrescentou.
A Fitch considerou que a continuação do conflito no próximo ano pode obrigar Israel a manter as elevadas despesas militares e perturbar ainda mais as indústrias do turismo, da construção e da manufatura nas zonas fronteiriças.
Israel prometeu destruir o Hamas, na sequência do ataque de 07 de outubro em território israelita, e no qual morreram cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em dados oficiais israelitas.
A ofensiva israelita lançada em represália contra a Faixa de Gaza causou pelo menos 39.897 mortos, indicam dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas, que não fornece pormenores sobre o número de civis e combatentes mortos.
Vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia, consideram o Hamas, no poder em Gaza desde 2007, uma organização terrorista.
Leia Também: Guterres condena "contínua perda de vidas" após "devastador" ataque israelita