A acentuada subida foi atribuída à análise dos investidores quanto aos efeitos das novas sanções dos EUA e Reino Unido sobre a indústria petrolífera russa.
O crude do Mar do Norte, de referência en Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 1,25 dólares acima dos 79,76 com que encerrou as transações na sexta-feira.
Durante o dia, o Brent chegou a cotar 81,60 dólares, um máximo desde agosto, no seguimento do anúncio daquelas sanções, incidentes sobre dois dos principais produtores e exportadores de petróleo e gás russo, Surgutneftegas e Gazprom Neft.
Além disto, os EUA sancionaram mais de duas dezenas de filiais, bem como 183 petroleiros, que, segundo Washington, integram uma frota não declarada para escapar às sanções ocidentais.
Analistas de mercado indicam que as restrições àquelas empresas, que produzem em conjunto cerca de um milhão de barris por dia, com um valor estimado em 23 mil milhões de dólares anuais, podem prejudicar as suas vendas à Índia e China.
Stephen Innes, da SPI Asset Management, destacou ainda a inquietação entre os investidores com a possibilidade de Donald Trump "intensificar as sanções ao petróleo iraniano".
Acrescentou ainda que, por outro lado, a médio prazo, há o risco inverso de a oferta exceder o consumo, "especialmente porque o OPEP+ (grupo que junta os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo com aliados, como a Federação Russa) prevê aumentar a sua produção", se bem que, por enquanto, tenha adiado a eventualidade até abril.
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