Remessas ultrapassaram os 4,3 mil milhões pela primeira vez em 2024

As remessas dos emigrantes ultrapassaram os 4,3 mil milhões de euros pela primeira vez no ano passado, crescendo 4,4%, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal, com a Suíça a ser o maior mercado emissor.

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© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Lusa
19/02/2025 18:05 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

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De acordo com os dados do regulador financeiro português, os trabalhadores portugueses no estrangeiro enviaram 4.300,93 milhões de euros, mais 4,4% que os 4.119,76 milhões enviados em 2023, sendo que estes dois anos foram os primeiros em que as remessas ultrapassaram a fasquia dos quatro mil milhões de euros.

 

Desde 2013 que as remessas têm estado sempre acima de três mil milhões de euros por ano, mas entre 1998 e 2001 os valores também superaram essa barreira, descendo depois para entre dois e três mil milhões entre 2002 e 2012.

Os portugueses na Suíça foram os que enviaram mais remessas para Portugal, com o valor a subir 6,74% em 2024, para um total de 1.135,18 milhões de euros, um pouco acima dos emigrantes em França, que enviaram 1.108,96 milhões de euros, o que representa uma subida de 2,18% face ao valor enviado em 2023.

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram 845,7 milhões de euros para os seus países, o que representa uma subida de 5,7% face aos quase 800 milhões enviados no ano passado, e bem acima dos menos de 650 milhões de euros enviados em 2022.

As remessas dos trabalhadores estrangeiros em Portugal têm estado em franca subida, tendo aumentado 50% entre 2021 e 2024, e sempre acima dos 600 milhões desde 2022.

Como é habitual, o Brasil é o maior mercado emissor, com os trabalhadores brasileiros a enviarem 413,8 milhões de euros no ano passado, o que equivale a uma subida de 3,7% face a 2023, o que representa cerca de metade das verbas enviadas por todos os trabalhadores estrangeiros em Portugal para os seus países de origem.

No que diz respeito aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Angola tem a maior fatia, com os angolanos a enviarem 34,2 milhões de euros, quase mais 30% do que no ano anterior, enquanto os cabo-verdianos enviaram 33,3 milhões de euros.

Já os portugueses a trabalhar em Angola enviaram 267,61 milhões de euros para Portugal no ano passado, valor que traduz uma descida de 14,8% face aos 314,09 milhões enviados em 2023, e representam também a grande maioria dos 276,73 milhões de euros enviados dos PALOP.

Leia Também: Dívida externa líquida cai para 44,5% do PIB em 2024. Toca mínimo de 2005

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