Inetum vai recorrer judicialmente da condenação da AdC

A Inetum, que foi condenada pela Autoridade da Concorrência (AdC) ao pagamento de uma coima de mais de três milhões de euros por práticas anticoncorrenciais no mercado laboral, vai recorrer judicialmente da decisão, tendo rejeitado "qualquer acordo".

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Lusa
19/02/2025 19:18 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Inetum

Em resposta à Lusa, fonte oficial do grupo confirmou que "foi notificada esta manhã de uma decisão administrativa da AdC nesse sentido, sendo a decisão dirigida à Inetum Holding Business Solutions, ex-ROFF (tendo as duas empresas-mãe sido notificadas apenas na qualidade de responsáveis solidárias)".

 

Segundo anunciou hoje a AdC, a investigação teve início em março de 2022, após a entidade "identificar indícios de que diversas empresas, incluindo o grupo Inetum, haviam estabelecido acordos bilaterais de não contratação de trabalhadores, também conhecidos como acordos de 'no-poach'".

Por sua vez, a Inetum lembrou que "o processo reporta a alegados factos que remontam há mais de 10 anos", garantindo que ao longo do processo, "prestou sempre a máxima colaboração à AdC, procurando ajudar aquela entidade administrativa a clarificar os factos".

"A Inetum nunca aceitou, nem podia aceitar, a prática que lhe foi imputada, tendo por isso mesmo -- e ao contrário das outras empresas --, rejeitado qualquer acordo e recusado prescindir do seu direito de recurso", destacou.

No âmbito do mesmo processo, a AdC já havia "sancionado três outras empresas a operar no mesmo mercado -- duas multinacionais e uma empresa nacional do setor da consultoria tecnológica -- por condutas semelhantes entre 2014 e 2022, num total de 4.082.000 euros" um valor "reduzido em decorrência da colaboração prestada à AdC durante a investigação", disse a entidade.

Segundo a Inetum, "encerrada a fase administrativa do processo com esta decisão, inicia-se agora a fase judicial, cabendo aos Tribunais validar ou não a acusação nesta segunda fase do processo", lembrando que "não existe, neste sentido, qualquer decisão final contra a Inetum, que irá naturalmente recorrer judicialmente da decisão".

Segundo a AdC, "os acordos de 'no-poach' são proibidos pela Lei da Concorrência, pois limitam a autonomia das empresas na definição das suas condições comerciais e afetam diretamente os trabalhadores, reduzindo o seu poder negocial, mobilidade laboral e, consequentemente a sua progressão salarial".

Leia Também: Grupo Inetum condenado por práticas anticoncorrenciais no mercado laboral

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