Crise? Confederação do Turismo preocupada pede rápida "clarificação"

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) manifestou hoje "preocupação com a atual situação política em Portugal", defendendo que seja rapidamente clarificada porque a incerteza e a instabilidade prejudicam o país e as empresas.

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Lusa
06/03/2025 16:47 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Confederação do Turismo

"Menos de um ano após o Governo ter tomado posse, a CTP manifesta a sua preocupação com a atual situação política em Portugal, que pode conduzir o país para novas eleições legislativas, sendo que tal possibilidade provoca uma preocupante instabilidade na economia e em toda a sociedade", sustenta a confederação num comentário hoje divulgado.

 

Para a estrutura representativa do setor turístico português, a atual conjuntura política "não é positiva para o país em geral e para as empresas em particular", uma vez que "às incertezas de âmbito internacional se junta, agora, mais uma fase de instabilidade em termos nacionais".

Neste contexto, a CTP defende "que seja clarificada de forma célere a situação política e governamental em Portugal".

"O país necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável para que não sejam bloqueados dossiers e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística, como é o caso da TAP, do novo aeroporto ou da execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]", enfatiza.

O Presidente da República admitiu na quarta-feira eleições antecipadas em maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança - hoje já aprovada em Conselho de Ministros - que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.

O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.

Se a moção for rejeitada no parlamento, o Presidente da República convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

Leia Também: Governo prepara iniciativa para cumprir acordo sobre leque salarial

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