"Em termos de tráfego de passageiros, partindo dos 2,6 milhões de passageiros transportados em todo o território cabo-verdiano, por via aérea, em 2023, prevê-se que se atinja um valor próximo dos 10 milhões, no último ano da concessão", em 2063.
A informação consta de cada um dos planos diretores dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos domésticos que a Agência de Aviação Civil disponibilizou no seu portal, na Internet, para consulta pública, até 11 de abril.
Os plano especificam, com plantas e tabelas, o estado atual do tráfego e da infraestrutura aeroportuária em cada ilha, mostrando as obras já a decorrer e previstas na concessão à Cabo Verde Airports (grupo Vinci) e quais os possíveis desenvolvimentos.
Todas as pistas incluem obras de adaptação às regras internacionais da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), melhorias nos terminais de passageiros e implementação de medidas de sustentabilidade ambiental e eficiência energética.
O Aeroporto do Sal, principal ilha turística, continuará a ser o mais movimentado e contará com repavimentação da pista, mais estacionamento para aeronaves e expansão do terminal de passageiros, tendo em conta as previsões de crescimento turístico com a entrada de novas companhias aéreas de baixo custo (desde 2024).
Para a segunda principal ilha turística, Boa Vista, está previsto um dos trabalhos mais relevantes, a extensão da pista em 400 metros, a par da respetiva marcação para permitir operações noturnas -- além da ampliação do terminal de passageiros e construção de um novo terminal de carga.
As obras permitirão receber mais voos internacionais, estando também previstos mais lugares de estacionamento de aviões e novos corredores funcionais, junto à pista.
No Aeroporto da Praia, capital do país, o terminal de passageiros está a ser modernizado e ampliado e a pista deverá ganhar mais dois lugares para estacionamento de aviões.
O aeroporto da ilha de São Vicente, que também recebe voos internacionais, vai igualmente beneficiar de uma extensão do terminal de passageiros, além de iluminação para operações noturnas de determinadas aeronaves, melhorias no pavimento e reconfiguração de uma plataforma.
Os planos diretores dos restantes três aeródromos (Fogo, Maio e São Nicolau), dedicados aos voos domésticos, incluem também melhorias nas instalações.
Cabo Verde bateu o recorde de 1,2 milhões de hóspedes em 2024 e pretende melhorar as ligações domésticas para distribuir o número crescente de turistas por todas as ilhas, naquele que é o motor da economia.
Só na ilha do Sal, que recebe a maioria dos turistas estrangeiros, a abertura de novas rotas aéreas está a criar uma situação "crítica" de lotação, uma "oportunidade" de investimento em hotéis, disse na última semana o diretor executivo da concessionária aeroportuária, Jorge Duarte.
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