Os investigadores examinaram dados referentes a 3.080 condados, que representam 98% da população dos Estados Unidos, e apuraram que os locais com valores mais elevados de poluição atmosférica, quantificada através da deteção de material particulado fino, o PM 2.5, estão correlacionados com uma maior taxa de mortandade devido à infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença da Covid-19.
A referência de medida PM 2.5 é constituída partículas extremamente finas de sólidos ou líquidos que pairam na atmosfera. Sendo que as principais fontes de poluição que provocam a proliferação dessas partículas são a queima de combustíveis fósseis, provenientes de fábricas, automóveis e transportes públicos.
O estudo denunciou que se na zona de Manhattan, na cidade de Nova Iorque, tivesse ocorrido uma redução significativa dos níveis de poluição nas duas últimas décadas, teriam-se registado menos 248 mortes decorrentes da infeção pelo novo coronavírus.
Os investigadores estimam, que em média um indivíduo que habita numa freguesia com níveis elevados de PM 2.5 apresenta um risco 15% superior de morrer vítima de Covid-19, comparativamente a uma pessoa que viva num sítio com menor índice de poluição.
Estes dados são de extrema importânica para que as autoridades de saúde pública decidam como distribuir recursos, tais como máscaras, ventiladores e respiradores, à medida que a pandemia se alastra e mata cada vez mais.
"Os resultados demonstram a relevância de continuar a praticar as regulações existentes sobre poluição do ar de forma a proteger a saúde humana durante e após a pandemia da Covid-19”, escreveram os autores do estudo.