Boca seca, alteração, perda total ou parcial do paladar, lesões na língua e na gengiva. O cenário é comum a cerca de quatro em cada 10 doentes de Covid-19, cujos sintomas se prolongam durante vários meses, concluiu uma equipa de investigadores brasileiros que cruzaram mais de 180 estudos publicados.
O relatório, divulgado recentemente no Journal of Dental Research, analisou os efeitos da Covid-19 na saúde oral de quase 65 mil cidadãos infetados pela doença pandémica, a nível global. "A mensagem importante a reter é que os doentes infetados por Covid-19 devem manter hábitos saudáveis de higiene oral durante a doença", refere Edmond Hewlett, porta-voz da Associação Dentária Americana, citado pelo portal Medical Xpress.
"A secura na boca aumenta exponencialmente o risco de cáries dentárias, pelo que escovar os dentes duas vezes por dia com uma pasta com flúor, passar fio dentário uma vez por dia e evitar comidas e bebidas açucaradas são as formas mais indicadas para manter a saúde oral", recomenda o especialista da Universidade de Brasília.
De acordo com a investigação, as pessoas com Covid-19 podem desenvolver anosmia (perda total ou parcial do olfato), ageusia (enfraquecimento do paladar) ou disguesia (ou perturbação ou diminuição do paladar de início súbito). Os investigadores temem que estas possam ser sequelas a longo prazo da Covid-19, sendo mais frequentes entre os europeus. Face ao resto do mundo, estes sintomas afetam aproximadamente metade dos cidadãos a resistir na Europa.
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