Num comunicado a propósito da visita a Riade do novo chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, o porta-voz daquele ministério, Bahram Qasemi, disse ainda que tal aliança promove a corrida ao armamento e ao extremismo.
"Essa cooperação teve, até agora, consequências destrutivas, como a perpetuação da violência e da desconfiança entre os países da região, bem como a criação de crises de longa duração", adiantou.
Em declarações aos jornalistas no domingo em Riade, Pompeo considerou que o Irão "desestabiliza toda a região", criticando o apoio de Teerão aos rebeldes huthis no Iémen e ao regime de Bashar al-Assad na Síria.
O secretário de Estado norte-americano também acusou Teerão de apoiar o terrorismo e disse que Washington continuará a trabalhar com os "aliados europeus" para corrigir o acordo nuclear iraniano de 2015.
Qasemi argumentou hoje que a presença iraniana na Síria e no Iémen se deve ao pedido dos dois países e que tem como objetivo a luta contra o terrorismo.
Em relação ao acordo de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China -- e a Alemanha), o Presidente iraniano, Hassan Rohani, insistiu no domingo que não é negociável.
A Arábia Saudita (sunita) e o Irão (xiita) disputam a liderança regional e apoiam partes diferentes em várias guerras na região.