A embaixada em Washington confirmou a existência do pedido de retirada "urgente" dos diplomatas Cem Ulusoy, Celil Erdogan e Mehtap Erdogan, que ainda não regressaram à Turquia.
As autoridades turcas acreditam que os três homens têm vínculos com a rede dirigida pelo clérigo muçulmano Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos e considerado por Ancara como o principal responsável pela tentativa do golpe de estado.
"Pediram o nosso regresso. Não sabemos por que motivo. Estamos a passar por um momento difícil", confessou Celil Erdogan ao diário turco.
Nos últimos meses as forças de segurança realizaram operações contra centenas de alegados membros da confraria de Fethullah Gülen, entre os quais funcionários públicos, magistrados, jornalistas e militares.
Foram detidas 696 pessoas, na última semana, por supostos vínculos com o grupo, considerado terrorista por Ancara.
No passado fim de semana, a Procuradoria turca solicitou uma pena de 15 anos de prisão para cinco jornalistas do jornal da oposição Sözcu, pela mesma acusação.
O jornal Sözcu é conhecido pelas suas opiniões favoráveis a uma sociedade secular e pela sua oposição ao partido governador, o Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP), como à confraria de Fethullah Gülen.