Os últimos 13 dias foram de muita dor e angústia para os pais de Julen. Mas não só. Um país inteiro comoveu-se com a desgraça que atingiu os pais Vitoria e José que, há dois anos, tinham perdido o filho de três anos que não resistiu a um ataque cardíaco.
Na madrugada deste sábado, chegou a notícia que todos temiam e que ninguém queria ouvir: Julen foi encontrado sem vida depois de uma longa e complicada operação de resgate.
Alfonso Rodríguez Gómez de Celis, representante do governo de Andaluzia, deu, esta manhã, uma conferência de imprensa na qual agradeceu o profissionalismo de todos os profissionais que estiveram empenhados nas operações de resgate que, frisou o responsável, foram levadas a cabo com “urgência, mas também com toda a delicadeza”.
“Lamento tudo o que aconteceu. Não era este o resultado que queríamos”, disse Alfonso Rodríguez Gómez de Celis, ressalvando que agora é preciso “estar perto destes pais, desta família”.
O representante governamental transmitiu os pêsames aos familiares do pequeno Julen, garantindo que os envolvidos nas operações de resgate “estavam todos em silêncio no momento extraordinariamente difícil” que foi encontrar o corpo da criança inerte, sem vida.
Alfonso Rodríguez Gómez de Celis revelou ainda que, tendo em conta a "posição do corpo" de Julen, tudo indica que a criança "caiu direto até aos 71 metros", tendo ficado logo soterrado.
"A tese é que durante a queda foi caindo terra por cima de Julen, mas é uma tese que teremos de investigar", acrescentou o responsável.
Conta a imprensa espanhola que quando a equipa de psicólogos contou a Vitoria e José que o menino havia sido encontrado sem vida, ambos gritaram “outra vez não”.
O pequeno Julen, recorde-se, caiu num poço na serra de Totalán, em Málaga, a 13 de janeiro. O corpo já foi transportado para o instituto de medicina legal local para que seja feita uma autópsia que irá revelar qual foi a causa da morte da criança que emocionou um país e o mundo.
[notícia atualizada às 10h55]