Continua a decorrer na China a execução de prisioneiros para colheita de órgãos, ao contrário do que havia sido garantido pelo governo chinês.
De acordo com o Guardian, que cita as conclusões de uma investigação independente, entre as principais vítimas destas colheitas forçadas de órgãos estão os seguidores da seita Falun Gong, proibida pelo governo chinês em 1999.
O documento, que está publicado no site China Tribunal, refere que as conclusões são unânimes na afirmação de que a “Falun Gong é a fonte – provavelmente a única fonte – dos órgãos para colheitas de órgãos forçadas”.
“Não há provas de que esta prática tenha sido parada”, indica a mesma investigação, que reuniu testemunhos de médicos especialistas e investigadores no âmbito dos Direitos Humanos, entre outros.
O sistema de transplante de órgãos da China é alvo de escrutínio há décadas. A prática comum era os médicos procederem à colheita de órgãos de prisioneiros condenados à morte por tribunais criminais para serem transplantados em pacientes que pagavam para terem o órgão.
Em resposta à escassez do órgãos, quem precisava - e podia pagar - deslocava-se a terras longínquas e mergulhava no mundo da miséria para encontrar possíveis dadores: imigrantes ilegais, prisioneiros, refugiados que fugiram de genocídios.
Depois de vários anos de negação, a China reconheceu, em 2017, a veracidade da história e declarou que essa prática já não acontecia.