Boris Johnson revelou-se "profundamente preocupado" com os incêndios que tem devastado a floresta da Amazónia e comprometeu-se a insistir num foco renovado na forma como as alterações climáticas são abordadas na cimeira do G7, que irá decorrer em Biarritz, este fim de semana.
O primeiro-ministro britânico pediu uma ação internacional para proteger a maior floresta tropical do mundo depois da "trágica perda de todos estes preciosos habitats", pode ler-se num comunicado emitido por Downing Street e citado pela Sky News.
A reação surge depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter feito um apelo semelhante e de ter sido criticado por Bolsonaro. O governante brasileiro lamentou que Macron "procure instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazónicos para ganhos políticos pessoais".
"A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazónicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI", atirou ainda na publicação.
Outras reações foram ainda partilhadas por outras figuras de destaque como foi o caso do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que disse estar "profundamente preocupado" com os incêndios numa das "mais importantes fontes de oxigénio e biodiversidade", referindo que a Amazónia "deve ser protegida".
A Amazónia possui a maior biodiversidade registada numa só área do planeta e é o conjunto de ecossistemas mais afetados pelos incêndios que têm assolado o Brasil. Em comparação a julho do ano passado, a desflorestação do 'pulmão do mundo' aumentou em 278%.
Com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).