"Este projeto ajudará as famílias extremamente desfavorecidas e afetadas por riscos naturais, disponibilizando transferência de renda temporária, enquanto se continua com os esforços para se implantar as bases de um sistema de rede de segurança social no país", disse o diretor do Banco Mundial para Moçambique, Mark Lundell, citado no documento da instituição distribuído hoje à imprensa.
No total, 115 mil famílias serão apoiadas em 15 distritos das províncias de Cabo Delgado, no norte do país, e Sofala e Manica, no centro de Moçambique.
O financiamento, que foi hoje aprovado em Washington, vai ampliar as atividades de assistência social do Governo nas áreas afetadas pelos ciclones e inundações, através da expansão das atividades de transferência direta de renda para as famílias vulneráveis, acrescenta o documento.
O valor faz parte do pacote regional totalizando 700 milhões de dólares (630 milhões de euros) que o Banco Mundial desembolsou no âmbito da assistência às pessoas afetadas pelo ciclone Idai no Maláui, Moçambique e Zimbabué.
No início de outubro, o Banco Mundial tinha aprovado 240 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros) em dois programas distintos de apoio à recuperação e reconstrução de Moçambique, após os ciclones Idai e Kenneth.
O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique em março, provocou 604 mortos e afetou cerca de 1,5 milhões de pessoas, enquanto o ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em abril, matou 45 pessoas e afetou 250 mil.