A morte, depois de detido, do manifestante Ahmed al-Khair, um professor de liceu, em fevereiro deste ano, foi um evento crucial na escalada dos protestos que acabaram por derrubar o regime autocrata de al-Bashir, em abril.
As primeiras manifestações no Sudão ocorreram em dezembro de 2018, em protesto contra o aumento do preço do pão, e marcaram o nascimento de um movimento espontâneo pró-democracia, que se espalhou rapidamente a todo o país.
Uma sucessão de protestos e manifestações levou à queda em abril deste ano do regime de al-Bashir e posteriormente à constituição de um Conselho Soberano, constituído por militares e civis, que tem como principal responsabilidade a criação de condições para a realização de eleições livres no prazo de três anos.
O aniversário do início dos protestos tem feito sair às ruas de várias cidades do país milhares de sudaneses em comemorações. Esta manhã, de acordo com a agência Associated Press, um comboio apinhado de manifestantes em festa chegou à cidade de Atbara, o berço da sublevação, a norte de Cabul, proveniente da capital do país.