A Bulgária é dos poucos países que ainda não registou infeções pelo surto de Covid-19, mas entre 24 de fevereiro e 01 de março foram registados mais de 5.000 casos de gripe, principalmente entre crianças e jovens.
"Esse rápido crescimento da gripe tipo B não ocorre na Bulgária há 10 anos", afirmou Todor Kantardjiev, diretor do Centro Nacional de Doenças Transmissíveis, em Sófia.
O país mais pobre da União Europeia, com sete milhões de habitantes, decidiu encerrar as escolas até 11 de março.
Outras medidas excecionais incluem o cancelamento de todas as operações cirúrgicas programas e as mulheres grávidas são aconselhadas a não consultar hospitais, exceto em casos de emergência.
As partidas de futebol amador estão proibidas e, se as competições profissionais continuarem, vão ser realizadas à porta fechada.
"O sistema de saúde está no limite mesmo antes de um primeiro caso de coronavírus ter sido detetado", lamentou Anguel Kountchev, chefe da inspeção de saúde pública.
As autoridades de saúde dizem que o aparecimento da epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus é "inevitável".
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo nove em Portugal.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou 13 casos de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".