Alemanha equaciona passar 'certificados de imunidade' à Covid-19
Objetivo passa por libertar aqueles que não poderão contrair a doença de, por exemplo, "restrições no trabalho".
© Reuters
Mundo Covid-19
A Alemanha representa, neste momento, um dos casos europeus mais preocupantes da pandemia de Covid-19, com um total de 61.913 pessoas infetadas e 583 vítimas mortais, mas já começa a pensar na maneira mais eficaz de repor a normalidade.
Nesse sentido, a revista germânica Der Spiegel adianta que o governo liderado por Angela Merkel já estará a levar a cabo preparações tendo em vista um estudo em grande escala que terá como objetivo aferir quantas pessoas são imunes ao novo coronavírus.
O estudo em causa irá, numa primeira fase (que irá, à partida, arrancar ainda em abril), testar o sangue de mais de 100 mil pessoas em busca de anticorpos contra a Covid-19, sendo as análises repetidas em intervalos regulares durante o surto.
O objetivo, esclarece a publicação, passa, não só por descobrir ao certo quantas pessoas já foram infetadas pela Sars-CoV-2, como também decidir qual a melhor altura para reabrir escolas e outras instalações.
Para tal, a Alemanha irá passar aquilo a que a publicação chama de 'certificados de imunidade', que, segundo explica Gérard Krause, epidemiologista do Helmholtz Center for Infection Research, em Braunschweig, permitirá um regresso mais veloz ao quotidiano.
"O sistema imunitário pode valer uma espécie de boletim de vacinas, que, por exemplo, permitirá às pessoas ficarem isentas de restrições no trabalho", afirmou.
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