Desde que em finais do ano passado e início deste ano foi descoberto um novo vírus que o mundo tem olhado com atenção acrescida pela China. O primeiro caso identificado do novo coronavírus foi identificado precisamente neste país asiático, mas, face à mortalidade elevada em várias partes do globo, comparada com os números apresentados pelo governo chinês, muitos especulam se as estatísticas terão sido trabalhadas para esconder a realidade.
Durante os últimos dias, nas redes sociais e entre alguma imprensa, um enigma tem posto ainda em maior evidência esta teoria. É que, entre janeiro e fevereiro, altura do pico pandémico na China, teriam desaparecido dos 'radares' das operadoras telefónicas 21 milhões de utilizadores.
Esta falta de explicação relativamente a estes dados, levou a que se pensasse que o número de mortes e contágios no país pudesse ser muito superior aos dados apresentados pelo governo, mas a 'teia' de dúvidas foi desfeita pela próprias operadoras.
Em declarações à Associated Press, um porta-voz de uma das três maiores operadoras confirmou o 'desaparecimento' dos utilizadores, mas referiu que este facto está, na maioria dos casos, relacionado com o cancelamento do serviço.
Na China, segundo o reportado, é comum uma pessoa utilizar vários cartões telefónicos, mas a crise económica causada pelo isolamento social imposto pelo governo local terá levado muitas pessoas a optarem por conter os custos considerados supérfluos.
"Estes dados estão principalmente relacionados com a redução dos negócios e atividades resultantes do surto de Covid-19. Muitos consumidores na China possuem diversos cartões SIM e é comum que usem estes cartões secundários para este tipo de atividade [negócios e socialização]", explica uma representante de uma empresa de telecomunicações citada pela Associated Press.