Martin Griffiths apelou ao governo iemenita, que é apoiado pela coligação liderada pela Arábia Saudita, e aos rebeldes huthis, apoiados pelo Irão, que aceitem os acordos propostos "sem demoras" e comecem as negociações para acabar com a guerra que já se prolonga há mais de cinco anos, noticiou a agência norte-americana Associated Press.
O enviado especial da ONU afirmou que as suas propostas de acordo são "equilibradas", salientando ainda a necessidade de medidas económicas e humanitárias para aliviar "o sofrimento do povo iemenita, construir confiança entre as partes e apoiar o Iémen na sua capacidade de responder à crise da covid-19".
"Estas propostas representam um pacote compreensivo e realista que permite ao Iémen acabar com a violência e o sofrimento do passado e dar um passo histórico para a paz", afirmou Martin Griffiths, numa declaração.
Para o responsável, a comunidade internacional está "pronta para dar suporte ao processo".
A coligação liderada pela Arábia Saudita propôs na quarta-feira um cessar-fogo.
No entanto, os rebeldes huthis, que controlam o norte do Iémen e a capital, Saná, rejeitaram o cessar-fogo, considerando que a iniciativa, que visava impedir a propagação do novo coronavírus no país, uma "manobra".