Segundo a instituição, dois terços dos contágios concentram-se na maior cidade do país, Istambul, onde se detetaram também 60% do total nacional de infetados.
A província de Istambul é uma das 31 que vão impor, a partir de quinta-feira, um recolher obrigatório de quatro dias, medida que coincide com dois dias festivos e destinada a evitar a propagação do vírus no país, que contabilizou, até hoje, 95.591 casos de infeção e 2.259 óbitos.
Tanto as associações profissionais de médicos como políticos da oposição na Turquia, o sétimo país europeu com maior número de contágios, têm pedido medidas de confinamento mais fortes e dissuasoras que as atuais.
A AMT (TTB na sigla turca) criticou o Ministério da Saúde turco por não divulgar o número de infetados entre o pessoal médico e exigiu a realização de testes ao maior número possível de agentes sanitários.
"Estão em risco e insistimos que se realizem mais testes, mas existe uma resistência em dar mais informações e a fazerem mais testes aos trabalhadores sanitários", afirmou a associação num outro comunicado divulgado na semana passada.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.