Os manifestantes, que se queixaram de não conseguir vender os seus produtos agrícolas fora da região de Kvemo Kartli devido ao estado de emergência, bloquearam várias estradas, segundo imagens transmitidas na televisão georgiana.
O governador de Kvemo Kartli, Shotá Rejiashvili, reuniu-se com os camponeses e prometeu que o Governo compraria as suas produções, mas não conseguiu convencê-los a pôr fim à manifestação.
O estado de emergência, que inclui um recolher obrigatório, das 21:00 às 18:00, foi implementado na Geórgia em 21 de março passado e o Parlamento hoje estendeu a medida de emergência até 22 de maio.
O Governo diz que o estado de emergência permitiu ao país, com quase quatro milhões de habitantes, conter a epidemia.
Segundo o Ministério da Saúde georgiano, desde que o primeiro caso da covid-19 foi detetado na Geórgia em 26 de fevereiro, 441 pessoas foram diagnosticadas com esta doença, das quais cinco morreram.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram entretanto a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.