"Nesta situação de emergência em que vivemos, a falta de vontade do Governo dos EUA para suspender as sanções pode causar sofrimento em Cuba e noutros países sujeitos a este tipo de medidas, disseram os especialistas em comunicado.
É preciso que Washington retire as barreiras comerciais e outras medidas "que impedem a compra de medicamentos, equipamentos médicos, alimentos e outros bens essenciais", defenderam.
Segundo sublinham no comunicado, "ninguém deve ter acesso negado a assistência médica vital".
Além disso, o controlo do coronavírus "só pode ser alcançado com os esforços conjuntos de todos os governos e organizações internacionais, num espírito de multilateralismo, cooperação e solidariedade".
Os signatários do documento incluem relatores especiais da ONU para o direito ao desenvolvimento, Saad Alfarargi, da investigação de execuções extrajudiciais, Agnès Callamard, contra a tortura, Nils Melzer, e da promoção da democracia e da equidade, Livingstone Sewanyana.
A covid-19 já infetou pelo menos 1.400 pessoas em Cuba onde as autoridades deram conta de 50 mortes provocada pela doenças.
Desde que foi detetada na China, em dezembro do ano passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (60.999) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).
Seguem-se Itália (27.682 mortos, mais de 203 mil casos), Reino Unido (26.097 mortos, mais de 165 mil casos), Espanha (24.543 mortos, mais de 213 mil casos), França (24.087 mortos, cerca de 169 mil casos).