Sem esperar por uma reunião agendada para quarta-feira entre a chanceler alemã e os responsáveis das várias regiões, com o objetivo de definir um plano comum para o fim do confinamento, o maior estado federado alemão divulgou hoje o seu próprio programa, que prevê a reabertura do setor turístico já este mês.
"Chegou o momento de uma abertura prudente", disse o chefe do Governo regional, Markus Söder, citado pela AFP, considerando que "os sucessos" na luta contra a pandemia de covid19 "são evidentes".
"Julgamos que é aceitável abrir os restaurantes" a partir de 25 de maio, com restrições, como a ocupação de metade das mesas disponíveis, um número de clientes reduzido, zonas específicas para as famílias e medidas de higiene reforçadas, precisou aquele responsável.
Os empregados e pessoal de cozinha deverão ainda usar máscaras de proteção.
A partir de 30 de maio, os hotéis e o setor do turismo também deverão recomeçar a funcionar naquela região do Sul da Alemanha, uma das mais procuradas do país.
O anúncio do governo regional da Baviera surge numa altura em que um número crescente de regiões da Alemanha, um Estado federal, optaram por ignorar as recomendações de prudência do Governo central de Angela Merkel, preferindo acelerar as medidas de desconfinamento.
O estado federado da Baixa Saxónia quer ser o primeiro a abrir os restaurantes, já a partir da próxima segunda-feira, limitando a sua ocupação a metade.
A reabertura dos restaurantes e hotéis constitui uma das últimas etapas do desconfinamento na Alemanha, que começou de forma faseada há mais de duas semanas.
O país prolongou, até 15 de maio, os controlos fronteiriços de tráfego terrestre, marítimo e aéreo com a Áustria, Suíça, França, Luxemburgo e Dinamarca, uma medida em vigor desde 16 de março.
A Alemanha registou mais de 163.000 casos de covid19 diagnosticados e 6.831 óbitos, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Robert Koch (RKI).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.