Uma educadora de infância afro-americana elogiou a companhia aérea Delta Airlines por a terem apoiado depois de ter sido acossada por uma mulher branca durante um voo para Washington, no dia 28 de agosto, onde iria participar numa manifestação contra o racismo.
Demetria Poe, de 25 anos de idade, estava a dirigir-se para o encontro, organizado no seguimento do caso George Floyd, quando outra passageira, que Poe ajudou com as malas, trocou a máscara que usava por uma onde se lia 'Blue Lives Matter' ('vidas azuis importam'), uma mostra de apoio pelas forças de autoridade que usada como contraprotesto em relação ao movimento 'Black Lives Matter'.
"Eu apoio as nossas forças de segurança", terá dito a mulher, de acordo com Poe, que relatou o incidente numa publicação feita através do Facebook. A afro-americana disse que tentou explicar que o conceito de 'vidas azuis' não existe a não ser "como forma de repudiar o facto de que as vidas negras têm sido ignoradas sucessivamente".
A mulher, porém, continuou a acossar Poe, fazendo vários comentários negacionistas do racismo, incluindo que estar na América é o melhor para os negros porque podem ascender através do trabalho. Poe revelou que recordou o caso de George Floyd, que morreu asfixiado por um agente de autoridade, e que a mulher disse que ele morreu porque estava drogado.
"As hospedeiras de voo vieram perguntar-se se estava tudo bem e ofereceram-se para a mudar de lugar. Quando aterramos em Washington disseram-me que ela que não voltaria a voar com a Delta porque eles, pessoalmente e como empresa, não toleram racismo nem discriminação", escreveu Poe.
Na voo de regresso à sua terra natal, Poe foi mudada para um lugar em primeira classe e recebeu alguns presentes da companhia, incluindo um pin do movimento 'Black Lives Matter', conforme pode ver acima. A Delta ainda comentou a publicação de Poe: "Quando dizemos que as vidas negras importam, estamos a falar a sério. Tu importas para nós, Demetria".