Nagorno-Karabakh. Mais 26 separatistas arménios mortos em confrontos

Mais 26 separatistas arménios do Nagorno-Karabakh morreram em confrontos com as forças do Azerbaijão hoje à noite, elevando o número de mortos para 84, de acordo com as autoridades locais.

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Lusa
28/09/2020 22:44 ‧ 28/09/2020 por Lusa

Mundo

Confrontos

 

"news_bold">"Vinte e seis soldados do exército de defesa de Karabakh morreram" em combate, disse hoje o 'Ministério da Defesa' do enclave separatista em comunicado, enquanto a batalha continuava a ser travada a sul e nordeste da linha de frente, noticia a AFP.

O Conselho de Segurança da ONU tem prevista para terça-feira uma reunião de emergência à porta fechada sobre o Nagorno-Karabakh, indicaram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.

Alemanha e França estão na origem desta iniciativa, mas outros membros do Conselho (Estónia, Bélgica e Reino Unido) apoiam a iniciativa, precisaram as mesmas fontes.

O regresso do conflito armado a esta região separatista arménia do Nagorno-Karabakh está a suscitar receios sobre uma guerra em larga escala entre a Arménia e o Azerbaijão no Cáucaso do sul, onde Ancara e Moscovo disputam zonas de influência.

Os combates mortíferos prosseguiam hoje entre o Azerbaijão - um país com população de maioria muçulmana xiita e junto ao mar Cáspio - e os separatistas arménios do Nagorno-Karabakh, e enquanto o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reforçava os receios de uma escalada com um discurso combativo de apoio a Baku, a capital azeri.

Desde domingo que as forças do enclave separatista, apoiado politicamente, economicamente e militarmente pela Arménia, um país de religião cristão ortodoxa, e as do Azerbaijão se confrontam nos combates mais sangrentos desde 2016.

No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh. Este integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.

Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite uma mediação russo-norte-americana-francesa designada Grupo de Minsk. No entanto, as escaramuças armadas permaneceram frequentes.

Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.

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