"news_bold">"Vinte e seis soldados do exército de defesa de Karabakh morreram" em combate, disse hoje o 'Ministério da Defesa' do enclave separatista em comunicado, enquanto a batalha continuava a ser travada a sul e nordeste da linha de frente, noticia a AFP.
O Conselho de Segurança da ONU tem prevista para terça-feira uma reunião de emergência à porta fechada sobre o Nagorno-Karabakh, indicaram fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP.
Alemanha e França estão na origem desta iniciativa, mas outros membros do Conselho (Estónia, Bélgica e Reino Unido) apoiam a iniciativa, precisaram as mesmas fontes.
O regresso do conflito armado a esta região separatista arménia do Nagorno-Karabakh está a suscitar receios sobre uma guerra em larga escala entre a Arménia e o Azerbaijão no Cáucaso do sul, onde Ancara e Moscovo disputam zonas de influência.
Os combates mortíferos prosseguiam hoje entre o Azerbaijão - um país com população de maioria muçulmana xiita e junto ao mar Cáspio - e os separatistas arménios do Nagorno-Karabakh, e enquanto o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reforçava os receios de uma escalada com um discurso combativo de apoio a Baku, a capital azeri.
Desde domingo que as forças do enclave separatista, apoiado politicamente, economicamente e militarmente pela Arménia, um país de religião cristão ortodoxa, e as do Azerbaijão se confrontam nos combates mais sangrentos desde 2016.
No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh. Este integrado em 1921 no Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente a independência em 1991, com o apoio da Arménia.
Na sequência da uma guerra que provocou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite uma mediação russo-norte-americana-francesa designada Grupo de Minsk. No entanto, as escaramuças armadas permaneceram frequentes.
Em julho deste ano, os dois países envolveram-se em confrontos a uma escala mais reduzida que provocaram cerca de 20 mortos. Os combates recentes mais significativos remontam abril de 2016, com um balanço de 110 mortos.