O Ministério da Saúde brasileiro divulgou, esta terça-feira, que nas últimas 24 foram, foram registadas mais 549 vítimas mortais e 29.787 infetados no país. Em comparação com ontem, verifica-se um aumento significativo da incidência da pandemia no Brasil, considerando que, na segunda-feira, foram reportados 5.726 novos infetados e mais 263 mortes.
As autoridades de Saúde brasileiras mantêm também sob investigação 2.379 mortes, que poderão estar relacionadas com o novo coronavírus.
No total, desde o início da pandemia, o Brasil conta agora com 157.946 mortos associados à Covid-19 e 5,439.641 de infetados.
Geograficamente, São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando 1.098.207 pessoas diagnosticadas com a doença. Seguem-se os estados de Minas Gerais (351.033), Bahia (347.721), e Rio de Janeiro (304.904).
São Paulo (38.885), Rio de Janeiro (20.292), Ceará (9.305) e Minas Gerais (8.789) são, por sua vez, os estados com mais mortes no país sul-americano.
No total, 26 das 27 unidades federativas do Brasil já ultrapassaram os 50 mil casos cada uma, e 24 têm mais de mil vítimas mortais.
O Brasil, que é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, é também uma das nações com maior número de recuperações, com mais de 4,9 milhões de pacientes recuperados da Covid-19.
Polémica em torno da vacina contra o novo coronavírus
No momento em que enfrenta uma grave crise económica motivada pela pandemia, o Brasil atravessa também uma forte polémica em torno da vacina contra o novo coronavírus e da sua eventual obrigatoriedade, questão politizada pelo Governo de Jair Bolsonaro.
Perante a polémica, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou hoje que o Poder Executivo e o Legislativo deveriam encontrar uma solução para a vacina, ao invés da decisão ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"A questão da obrigatoriedade pode ser debatida. A questão da vacina deveria ser tomada pelo Legislativo e pelo Executivo. Seria melhor do que uma decisão tomada pelo STF", avaliou o deputado, em declarações à imprensa.
"Nós não devemos deixar um espaço aberto, esse vácuo, para que mais uma vez o Supremo decida e para que o Executivo e o Legislativo fiquem reclamando de algum ativismo do poder Judiciário", acrescentou Maia.
Na semana passada, o presidente do Supremo, magistrado Luiz Fux, afirmou ser necessário que a Justiça analise questões relacionadas com a vacinação contra a covid-19.
Jair Bolsonaro já defendeu várias vezes que não obrigará os cidadãos brasileiros a tomarem o imunizante contra o novo coronavírus.
"Não podemos injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar. Eu falei, inclusive, que ninguém vai ser obrigado a tomar vacina, e o mundo caiu na minha cabeça. A vacina é uma coisa que, no meu entender, você faz a campanha e busca uma solução. Você não pode amarrar o cidadão e dar a vacina nele. Eu acho que não pode ser assim", afirmou o Presidente no mês passado, dividimdo opiniões.
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