O processo de "impeachment" que o Presidente peruano vai enfrentar é motivado por alegados atos de corrupção ocorridos em 2014, foi anunciado pelo vice-presidente do parlamento, Luis Valdez, citado pela agência France-Presse (AFP).
Vizcarra evitou o primeiro processo de destituição em setembro porque os opositores políticos não conseguiram reunir os 87 votos necessários do total de 130 deputados para derrubar o chefe de Estado.
Na altura, o debate prolongou-se durante dez horas, mas apenas 32 parlamentares votaram a favor do procedimento de destituição também por "incapacidade moral", na sequência de várias acusações de manipulação de testemunhas num inquérito por suspeita de corrupção.
Martin Vizcarra assumiu a presidência do Peru em março de 2018, depois de ter sido vice-presidente de Pedro Pablo Kuczynski, que se demitiu de chefe de Estado na sequência de um escândalo de corrupção ligado à empresa brasileira de construção Odebrecht.
O Presidente peruano, que não poderá recandidatar-te nas próximas eleições presidenciais, agendadas para 21 de abril de 2021, deverá terminar o mandato dentro do prazo estabelecido por lei, em 28 de julho de 2021.