"O Senado francês tomou uma decisão histórica. O reconhecimento de Nagorno-Karabakh entra na agenda internacional", escreveu o primeiro-ministro arménio Nikol Pashinyan, na rede social Facebook.
As autoridades arménias também expressaram o seu apreço àqueles que contribuíram para a decisão francesa, onde vive a terceira maior diáspora arménia do mundo.
"Ressalvamos a importância da corajosa posição do Senado francês, que exorta o Governo a reconhecer a República de Nagorno-Karabakh e a fazer do reconhecimento uma questão de negociação para o estabelecimento de uma paz duradoura", disse em comunicado a chancelaria da entidade separatista.
A Arménia espera agora que outros países imitem o exemplo francês, alegando que o reconhecimento internacional de Karabakh contribuirá para a segurança e estabilidade no sul do Cáucaso.
Por sua vez, o assessor da Presidência do Azerbaijão, Jikmet Gadzhiev, questionou a objetividade da França como copresidente do Grupo de Minsk, que supervisiona o cessar-fogo na área.
Copresidido pela Rússia, França e Estados Unidos, o Grupo de Minsk também integra Bielorrússia, Alemanha, Itália, Suécia, Finlândia, Turquia, Azerbaijão e Arménia.
"Esta resolução nada mais é do que um simples pedaço de papel para o Azerbaijão", disse o alto funcionário, classificando a resolução francesa de "passo provocativo".
Além de violar o Direito Internacional e as resoluções correspondentes da ONU, Gadzhiev enfatizou que a França adotou "uma postura abertamente pró-arménia", que considerou "um dos principais obstáculos" para a solução pacífica do conflito.
Os combates em Karabakh, um enclave em disputa entre arménios e azeris desde 1988, eclodiram a 27 de setembro e mataram milhares de civis e militares durante 44 dias de combates.