A China relatou nos últimos meses vários casos em que detetou vestígios de SARS-CoV-2 em embalagens de alimentos congelados oriundos de outros países, entre os quais o Brasil foi particularmente visado.
O Centro de Prevenção de Doenças de Lai'an, na cidade de Chuzhou, província de Anhui, indicou que os testes a um lote de coxas de frango congeladas de uma fábrica local da multinacional norte-americana Cargill foram positivos para o novo coronavírus.
A nota, divulgada pelas autoridades de Chuzhou, explicou que "medidas de emergência foram imediatamente adotadas", incluindo a realização de testes a mais de 2.700 funcionários. Nenhum obteve, até à data, resultado positivo.
Mais de 260 testes foram também realizados em veículos de transporte de alimentos congelados ou linhas de produção, mas também não acusaram o vírus.
Pequim aumentou a regulação para importação de produtos alimentares congelados, incluindo a realização de testes em embalagens de bens oriundos de países fortemente atingidos pela pandemia.
As autoridades chinesas argumentaram que os alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal fonte de novos surtos no país, uma vez que as cadeias de transmissão locais foram praticamente eliminadas.
A imprensa oficial tem mesmo sugerido que o surto inicial da pandemia, registado no centro do país, poderá estar relacionado com a importação de bens congelados, sem apresentar, contudo, provas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.