"news_bold">"Não podemos relaxar. Não podemos baixar a guarda [...]. Lutámos muito durante todo o ano, unidos, e estamos perante este último esforço", disse o chefe do executivo de esquerda durante um debate no parlamento em que deu conta da situação sanitária no país, que tinha prometido fazer de dois em dois meses enquanto estiver a vigorar o estado de emergência.
Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um esforço derradeiro e que não baixem a guarda às portas do início da vacinação, prevista para o início de 2021.
"Não vamos deitar tudo a perder. Depende de nós não abrir a porta a uma terceira vaga", disse o chefe do Governo.
No entanto, o chefe do Governo espanhol manifestou-se convicto de que o país está agora a entrar numa "terceira e última fase" que representa "o início do fim" da pandemia, com a estratégia de vacinação, para a qual garantiu que a Espanha está pronta.
"A Espanha está pronta, todas as suas instituições estão prontas para enfrentar esta estratégia de vacinação", disse Sánchez que recordou que o país foi, juntamente com a Alemanha, o primeiro país da União Europeia a ter um plano de vacinas.
O primeiro-ministro confirmou que haverá 13.000 locais de vacinação em todo o território para garantir que todos os grupos prioritários tenham acesso à vacina na primeira fase, um total de 2,5 milhões de espanhóis.
O executivo, disse Sánchez, acredita que na segunda fase da vacinação, de maio a junho, entre 15 e 20 milhões de espanhóis serão vacinados.
O líder da principal formação da oposição, Pablo Casado, do Partido Popular (direita), fez uma intervenção muito dura contra o Governo de coligação formado pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a Unidas Podemos (extrema-esquerda).
"Nada mudou nestes seis meses, ainda estamos numa crise muito grave em Espanha", disse Pablo Casado que voltou a criticar a gestão feita pelo Governo da crise provocada pela pandemia de covid-19.
O líder do PP exigiu que Pedro Sánchez pedisse desculpa por dirigir um governo "incompetente, que mentiu e é tão arrogante que não é capaz de reconhecer os danos infligidos" pela gestão da pandemia do novo coronavírus.
Espanha é um dos países mais atingido pela pandemia de covid-19 que já provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65.857 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64.908 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (59.079 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48.401 mortos, mais de 1,7 milhões de casos).