As autoridades sanitárias espanholas também contabilizaram mais 195 mortes desde terça-feira atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 48.596.
O nível de incidência acumulada (pessoas contagiadas) em Espanha está a aumentar desde sexta-feira passada, havendo hoje 201 casos diagnosticados por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias (mais dois do que na terça-feira), sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Baleares (307), País Basco (267), Madrid (248).
O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa defendeu hoje à tarde que "há que tomar medidas com prontidão e celeridade" para alterar a tendência de subida dos contágios.
O responsável governamental afirmou que se mantém o plano de luta contra a pandemia que estava previsto para a época natalícia, que prevê uma limitação da movimentação de pessoas entre comunidades autónomas espanholas, e apelou aos governos regionais, que têm autonomia em questões de saúde, para endurecer as medidas em vigor.
Nas últimas 24 horas, deram entrada nos hospitais 1.204 pessoas com a doença, das quais 223 na Catalunha, 209 em Madrid e 150 na Comunidade Valenciana.
Em todo o país há 11.346 pessoas hospitalizadas com a covid-19, o que corresponde a 9,21% das camas, das quais 1.964 pacientes em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a 20,50% das camas desse serviço.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha alertado esta manhã para o "aumento preocupante das infeções" de covid-19 nos últimos dias e assegurou que, se for necessário, irá propor o endurecimento das medidas contra a pandemia durante o período do Natal.
"Não podemos relaxar. Não podemos baixar a guarda [...]. Lutámos muito durante todo o ano, unidos, e estamos perante este último esforço", disse o chefe do executivo de esquerda durante um debate no parlamento em que deu conta da situação sanitária no país.
Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um esforço derradeiro e que não baixem a guarda às portas do início da vacinação, prevista para o início de 2021.
"Não vamos deitar tudo a perder. Depende de nós não abrir a porta a uma terceira vaga", disse o chefe do Governo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 5.815 pessoas dos 358.296 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.