Durante quase uma década, o noroeste e centro da Nigéria tem sido flagelado pela violência de grupos criminosos conhecidos como "bandidos", que roubam gado e fazem raptos para obterem o resgate.
"Estes civis foram mortos por bandidos armados na aldeia de Kutemeshi, Birnin Gwari, e na aldeia de Kujeni, Kajuru", disse o comissário dos Assuntos Internos do Estado de Kaduna, Samuel Aruwan, através de uma declaração, acrescentando que o número de vítimas aumentou para 19.
"Vários outros aldeões foram feridos por tiros", acrescentou.
No sábado à noite, os atacantes chegaram de moto à aldeia de Kutemeshi, onde saquearam várias lojas, mataram 14 pessoas e feriram várias outras, disseram as autoridades em comunicado.
Mas os residentes entrevistados pela agência AFP disseram que 19 pessoas foram mortas naquele único ataque. "Perdemos 19 pessoas. Enterrámo-los ontem (domingo)", disse Ayuba Abdullahi, um dos residentes.
No mesmo dia, pistoleiros, também de motocicletas, invadiram a aldeia de Kujeni, onde mataram cinco pessoas e incendiaram casas, armazéns e uma igreja, de acordo com o comunicado do estado de Kaduna.
No mês passado, uns pistoleiros mataram 12 pessoas e raptaram outras 30 no ataque a três aldeias na área de Birnin Gwari e no vizinho estado de Katsina.
Os bandos criminosos escondem-se frequentemente em campos na Floresta do Rugu, que se estende por quatro estados no norte e centro da Nigéria: Katsina, Zamfara, Kaduna e Níger.
Estes bandos criminosos são motivados pela ganância, mas alguns têm fortes ligações a grupos 'jihadistas' do nordeste, segundo as autoridades.
A violência já matou mais de 8.000 pessoas desde 2011 e obrigou mais de 200.000 pessoas a fugir das suas casas, de acordo com um relatório do grupo de reflexão do International Crisis Group (ICG), publicado em maio de 2020.
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