NATO aumenta missão de treino no Iraque de 500 para 4.000 efetivos

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou hoje que a Aliança irá expandir a sua missão de treino no Iraque dos atuais 500 para quatro mil efetivos, de maneira a apoiar as autoridades iraquianas na luta contra o terrorismo.

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Lusa
18/02/2021 17:53 ‧ 18/02/2021 por Lusa

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"Hoje decidimos expandir a nossa missão de treino no Iraque, para apoiar as forças iraquianas na sua luta contra o terrorismo e para nos assegurarmos de que o [grupo 'jihadista'] Estado Islâmico não regressa. O tamanho da nossa missão irá aumentar de 500 efetivos para quatro mil, e as atividades de treino irão também incluir mais instituições de segurança iraquianas e outras áreas para lá de Bagdade", informou Jens Stoltenberg em conferência de imprensa após uma cimeira de dois dias com os ministros de Defesa da Aliança.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) frisou que a expansão da missão de treino no Iraque -- que foi estabelecida em 2018 -- foi feita a "pedido do governo iraquiano" e será levada a "cabo com respeito pleno pela soberania do Iraque e pela sua integridade territorial".

"Falei com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Al-Kadhimi, esta semana e assegurei que tudo será feito em consultação total com as autoridades iraquianas", apontou Stoltenberg.

O secretário-geral informou assim que a missão irá expandir-se "para lá da área da grande Bagdade", e o seu aumento será feito de maneira progressiva e "incremental", procurando "corresponder aos pedidos e requisitos do governo iraquiano".

Stoltenberg justificou a expansão da missão sublinhando a "importância" de os Aliados fornecerem "treino" e "desenvolvimento de capacidades" às forças de segurança iraquianas, por ser a melhor maneira de prevenir que a Aliança se envolva em "grandes operações de combate" no Iraque no futuro.

"Como dizemos na NATO, a prevenção é melhor que a intervenção, o que significa que, a NATO e os Aliados da NATO devem estar sempre prontos para envolver-se em grandes operações de combate, mas, no longo prazo, é muito melhor treinar as forças locais, construir instituições de segurança -- como estamos a fazer no Iraque -- porque as forças locais irão, de uma maneira mais sustentável, ser capazes de estabilizar o seu próprio país e lutar, eles próprios, contra os terroristas", defendeu.

O secretário-geral da Aliança abordou assim a presença do grupo 'jihadista' Estado Islâmico na região sublinhando que a organização terrorista "perdeu o controlo" do território que detinha na Síria e no Iraque há "pouco tempo" -- e que correspondia ao "tamanho do Reino Unido" e abarcava "oito milhões de pessoas" -- devido ao "esforço conjunto das forças de segurança iraquianas, apoiadas pela Coligação Global e da NATO".

"Mas o Estado Islâmico ainda está lá, ainda opera no Iraque, e é por isso que temos que nos assegurar que não são capazes de voltar. Também vemos um aumento dos ataques perpetrados pelo Estado Islâmico o que também sublinha a importância de fortalecer as forças iraquianas", defendeu.

A missão de treino da NATO no Iraque foi estabelecida em julho de 2018, a pedido do governo iraquiano.

Trata-se de uma missão que tem como objetivo treinar as forças locais em áreas que vão da resposta a dispositivos explosivos improvisados, ao planeamento civil e militar, à medicina militar e a manutenção de veículos armados.

Leia Também: NATO não chega a decisão final sobre retirada de tropas do Afeganistão

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