Num artigo publicado na mais recente edição da revista Columbia Journalism Review (CJR), a publicação refere que a crise no jornalismo no último ano afetou tanto os "media" digitais, como revistas e canais de televisão e de rádio, destacando que os jornais foram o meio de comunicação social mais atingido.
No segundo trimestre de 2020, indica o centro de investigação Pew Research, os jornais sofreram uma queda nas receitas de publicidade de 42%, percentagem que contrasta, por exemplo, com os resultados da cadeia de televisão Fox News, cujosproveitos publicitários subiram 41% no mesmo período.
Em termos globais, em abril e junho de 2020, as televisões locais norte-americanas viram as receitas publicitárias diminuírem 24%. Além disso, cerca de 160 jornais mudaram a sua política de impressão para se adaptarem às circunstâncias, na tentativa de procurar refúgio no espaço digital.
"À medida que os modelos de negócios e os hábitos do consumidor continuam a mudar, os veículos de notícias lutam porequilibrar os interesses comerciais e a acessibilidade e acompanhar um mundo em constante mudança", escreve a autora do artigo, Lauren Harris.
Citando o jornal The New York Times, a revista assegura que, em 2020, foram despedidos, permanente ou temporariamente, ou sofreram reduções nos salários, cerca de 37.000 profissionais da comunicação social, número que considera "imperfeito, mas bem calculado".
Como exemplo, o Colúmbia Journalism Review mencionou a cadeia de jornais nacional Gannet, proprietária do, entre outros 250 títulos, USA Today, com cerca de 500 funcionários a aceitarem, em outubro de 2020, uma redução salarial proposta pela empresa.
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