Mahmood, de 29 anos, foi considerado culpado de tentativa de homicídio e de conspiração para cometer terrorismo por ter ferido gravemente duas pessoas com um machado em Paris, à porta das antigas instalações do Charlie Hebdo, pensando estar a atacar jornalistas da publicação satírica.
A juíza do tribunal, Caroline Jadis-Pomeau, ordenou igualmente a sua expulsão permanente do território francês e o seu registo no ficheiro de infratores terroristas (Fijait).
O muçulmano, natural de uma zona rural do Paquistão, chegou ilegalmente a França no verão de 2018 e era seguidor de um imã radical que pretendia "vingar o Profeta" após a republicação de caricaturas de Maomé pelo jornal, em 02 de setembro de 2020, por ocasião do julgamento dos atentados jihadistas de janeiro de 2015.
Na altura do ataque de 25 de setembro de 2020, por volta das 11h40, Zaheer Mahmood desconhecia que o jornal tinha mudado de instalações após o atentado que cinco anos antes havia dizimado a sua redação.
Cinco homens paquistaneses, alguns dos quais menores na altura dos acontecimentos, foram julgados juntamente com Zaheer Mahmood sob a acusação de conspiração terrorista por terem apoiado e encorajado o ato.
O Tribunal de Primeira Instância pronunciou penas que variam entre três e doze anos de prisão, a inscrição no Fijait e a proibição permanente de entrar no território francês para os que atingiram a maioridade. Nenhum dos seis arguidos reagiu ao veredito.
As duas vítimas do atentado estiveram presentes no tribunal, mas não quiseram comentar o resultado do processo, que acompanharam todos os dias, apoiadas pelas suas famílias.
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