Israel continua a liderar entre os países com campanhas de vacinação em curso. Na segunda-feira, o Governo israelita celebrou a administração da vacina a mais de metade da população - o país tem pouco mais de nove milhões de habitantes.
Contudo, também foi apenas na segunda-feira que iniciou a campanha de vacinação dos cerca de 100.000 palestinianos que trabalham em território israelita.
A comunidade internacional criticou a disparidade temporal e alertou para o aumento do 'fosso' entre países 'mais ricos', como, por exemplo, Israel ou os Estados Unidos da América (EUA), e países com menor capacidade de aquisição de vacinas e de implementação de um programa de inoculação.
Até segunda-feira, a Autoridade Palestiniana, que administra as regiões autónomas inseridas no território ocupado por Israel, tinha recebido apenas doses de vacinas suficientes para 6.000 pessoas.
Enquanto em Israel o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, - que está à procura de uma vitória nas legislativas agendadas para este mês -- anunciou a reabertura da economia, a promessa de vacinar toda a população adulta até ao final de abril e o fim da "crise" provocada pelo SARS-CoV-2, no território palestiniano a campanha de vacinação não chegou sequer a um 'tímido arranque'.
Enquanto para os israelitas o momento parece ser de celebração, para os palestinianos ser vacinado é sinónimo de sobrevivência.
"Fui vacinado e posso trabalhar. Se não formos vacinados não recebemos a autorização" para atravessar a fronteira, disse à Associated Press (AP), Anwar Muhammad Awarin, enquanto mostrava o certificado de vacinação no smartphone.
O palestiniano foi um dos 6.000 trabalhadores que recebeu a primeira dose da vacina da Moderna, administrada por paramédicos israelitas.
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