A eleição da presidente do parlamento catalão marca o início da legislatura, enquanto se aguarda a investidura do presidente do Governo regional (Generalitat), que deverá ter lugar, o mais tardar, a 26 de março próximo.
Um acordo entre os partidos catalães separatistas assegurou a eleição como presidente do parlamento regional de Laura Borràs, do Juntos pela Catalunha (JxCat), partido do separatista Carles Puigdemont, fugido na Bélgica.
Um eventual acordo entre os mesmos partidos deverá também garantir como próximo presidente do Governo regional Pere Aragonès, da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Isto apesar de o Partido Socialista da Catalunha (PSC, associado ao PSOE) ter sido a formação mais votada e ter o mesmo número de deputados regionais (33) da ERC, formação que ficou em segundo lugar e que é a mais votada entre os partidos independentistas.
O PSC ganhou as eleições regionais na Catalunha (23,0% e 33 deputados), mas a soma dos partidos separatistas reúne a maioria absoluta dos votos, assim como dos lugares no parlamento regional, tendo a ERC (21,3%, 33 deputados) substituído o JxCat (20,0%, 32 lugares) como o maior partido independentista.
Os partidos independentistas -- ERC, JxCat e CUP (Candidatura de Unidade Popular, extrema-esquerda) -- estão a tentar chegar a acordo sobre a próxima coligação para o executivo regional.
As eleições regionais de 14 de fevereiro também foram marcadas pela subida da extrema-direita espanhola do Vox, que ficou em quarto lugar com 7,6% e 11 deputados, seguida dos independentistas da CUP com 6,7% e nove deputados e o partido de extrema-esquerda En Comú Podem (associado ao Podemos) com 6,9% e oito deputados.
O grande perdedor das eleições foi o Cidadãos (direita-liberal), que nas eleições de 2017 concentrou o voto útil dos constitucionalistas (pela união de Espanha) que agora fugiu para o PSC, e desceu de 25,3% para de 5,5% e de 36 para apenas seis deputados.
Por último, o Partido Popular (PP, direita) obteve 3,8% e três lugares no novo parlamento regional.
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