"O enriquecimento [de urânio] a 20% está em concordância com o artigo 36 do Plano Integral de Ação Conjunta (nome oficial do acordo internacional de 2015) e só [pode conhecer um fim] se os Estados Unidos levantarem todas as sanções", disse um alto responsável iraniano sob anonimato à televisão estatal de Teerão Press TV, em língua inglesa.
A fonte sublinhou que a Administração norte-americana está "a perder tempo" e se não eliminar as sanções rapidamente, Teerão vai adotar novas medidas que podem ser "uma maior redução dos compromissos do pacto nuclear".
A missão do Irão nas Nações Unidas também se pronunciou sobre a possível proposta de Washington que foi adiantada pela revista norte-americana Politico, mas sem dar detalhes sobre o enriquecimento de urânio.
"Não é necessária nenhuma proposta para que os Estados Unidos se juntem ao JCPOA (siglas em inglês do pacto nuclear de 2015). Para isto é apenas precisa uma decisão política dos Estados Unidos para implementar total e imediatamente todas as obrigações que constam do acordo", disse a representação iraniana junto da ONU através de uma mensagem difundia pela rede social Twitter.
A missão também indicou que Washington deve cumprir com a resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU acrescentando que o Irão está em contacto com os restantes membros do acordo nuclear.
O JCPOA foi assinado entre o Irão e seis grandes potências - Estados Unidos, Rússia, República Popular da China, França, Reino Unidos e Alemanha) mas Washington retirou-se de forma unilateral, durante a presidência de Donald Trump.
Biden já expressou vontade em regressar ao acordo mas com condições.
De acordo com a revista Politico, os Estados Unidos têm a intenção de apresentar esta semana uma proposta de negociações.
O Irão começou a produzir urânio (20%) no passado mês de janeiro, transgredindo o pacto, que estipula o máximo de pureza até 3,67% e está também a usar centrifugadoras avançadas quando o JCPOA apenas permite os equipamentos de primeira geração.
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