Segundo a mesma fonte, deste total, 15 corpos ainda estão por localizar. Em Díli registaram-se 22 mortos, com 20 mortos noutros municípios.
Dados atualizados indicam que em Ainaro se registaram 10 mortos, em Manatuto cinco -- corrigindo um número mais elevado dado anteriormente -, em Viqueque três e em Aileu dois, segundo o novo relatório.
No caso de Díli o maior número de vítimas regista-se no posto administrativo de Don Aleixo, com sete mortos em Manleuana-Beduku, cinco em Moris Found, quatro na aldeia 30 Agosto e um em Malinamuk.
Há ainda quatro mortos a registar em Hera, nos arredores da capital e um em Vila Verde.
No que se refere a deslocados, o novo balanço indica que há atualmente quase 2.400 famílias, e quase 10 mil pessoas em 18 locais de acolhimento -- inicialmente eram seis.
O maior número, mais de 3.300, está no centro de formação Dom Bosco, em Comoro, seguindo-se a zona da igreja de João Paulo II, em Tasi Tolu, onde o número de deslocados cresceu de cerca de 500 na segunda-feira para mais de 1.500.
Refeições, água e outros apoios estão a ser canalizados para os vários locais por entidades do Governo, organizações internacionais, empresas e cidadãos privados, com o Ministério da Saúde a deslocar equipas móveis para prestar eventuais apoios que possam ser necessários.
Está igualmente em curso uma operação para fornecer água potável em maior quantidade, com os Bombeiros a necessitarem de apoio, dados os escassos meios de que dispõem, para chegar a Díli e às zonas limítrofes do município.
A Proteção Civil nota que há locais onde estão populações deslocadas que estão sem energia elétrica, estando a ser feitos esforços pela Eletricidade de Timor-Leste (EDTL) para resolver o problema.
Equipas do componente naval das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e da Unidade de Polícia Marítima da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) estão envolvidas nas buscas dos desaparecidos.
Estão já identificados dezenas de locais onde são necessárias intervenções e obras, em alguns casos urgentes, sendo que a maioria ainda não teve intervenção desde domingo.
O balanço provisório refere que as cheias provocaram ainda danos graves em pelo menos oito escolas, com danos menores em mais nove.
A preocupação agora é de que possa haver novas chuvas nos próximos dias, o que teria um impacto significativo em zonas onde ainda não houve limpezas, nomeadamente em leitos de ribeiras que estão cheios de terra e lama compacta.
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