Apesar de "possível ligação" a coágulos, AstraZeneca "é segura", diz EMA

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) concluiu, esta quarta-feira, que existe uma "possível relação" entre a vacina da contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos.

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Andrea Pinto
07/04/2021 14:55 ‧ 07/04/2021 por Andrea Pinto

Mundo

Covid-19

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) acaba de reforçar a garantia de que os benefícios de tomar a vacina da AstraZeneca são superiores aos riscos que esta pode representar.

Os especialistas da EMA estiveram reunidos para fazer uma avaliação aos casos de coágulos sanguíneos que alguns doentes registaram após receberem esta vacina.

Apesar de, nesta terça-feira, um desses especialistas ter afirmado que era "claro" que havia uma ligação entre a administração da vacina e os casos de trombose registados em alguns utentes, a EMA revelou hoje que esses efeitos secundários devem ser considerados como "muito raros".

"A EMA encontrou uma possível relação [entre a vacina da AstraZeneca] e casos muito raros de coágulos de sangue incomuns com plaquetas sanguíneas baixas", mas "confirma que o risco-benefício global permanece positivo", informa o regulador da União Europeia (UE).

O comité de segurança da EMA explica que os "coágulos de sangue invulgares com plaquetas sanguíneas baixas devem ser listados como efeitos secundários muito raros da Vaxzevria", nova denominação da vacina da AstraZeneca, tendo em conta "todas as provas atualmente disponíveis", acrescenta o regulador, numa alusão à investigação realizada nas últimas semanas.

A agência alerta, contudo, os profissionais de saúde e os utentes que receberam a vacina a manterem-se conscientes desta possibilidade e pede às pessoas que tenham sido inoculadas com a mesma para procurarem "ajuda médica urgente" caso desenvolvam sintomas relacionados com coágulos sanguíneos ou níveis baixos de plaquetas. 

Até agora, note-se, a maioria dos casos comunicados ocorreram em mulheres com menos de 60 anos de idade e no prazo de duas semanas após a vacinação. Com base nas provas atualmente disponíveis, não foram confirmados fatores de risco específicos.

Ainda segundo a EMA, foram registados 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose venosa esplâncnica até 22 de março, bem como 18 mortes, num universo de cerca de 25 milhões de vacinados na UE, Espaço Económico Europeu e Reino Unido.

As conclusões da avaliação feita à vacina estão a ser partilhadas numa conferência que pode acompanhar aqui:

[Notícia atualizada às 15h25]

Leia Também: AO MINUTO: Rt nacional acima de 1 ; Vacinas têm sido "Via Sacra"

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