Antes do encontro trilateral, depois do qual os três aliados não fizeram qualquer comentário, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, tinha considerado essencial colaborar com Tóquio e Seul neste assunto.
A reunião ocorre alguns dias depois de Joe Biden ter revisto a política norte-americana em relação à Coreia do Norte.
O Presidente norte-americano afirmou no final de abril que utilizará "a diplomacia, assim como uma dissuasão dura", para conter as ambições nucleares de Pyongyang, uma abordagem denunciada como "hostil" pelos norte-coreanos.
"Queríamos garantir que consultávamos os países envolvidos, a começar pelos nossos aliados próximos, a Coreia do Sul e o Japão, devido aos seus fortes interesses nesta questão", sublinhou Blinken na segunda-feira.
Estes dois países asiáticos têm estreitas relações económicas e são ambos aliados de Washington.
Mas a sua relação tem sofrido devido a décadas de disputas históricas sobre a época da colonização da Coreia pelo Japão, entre 1910 e 1945.
O diferendo degenerou em 2019 em graves tensões comerciais e diplomáticas, que quase acabaram com um acordo de partilha de informações militares, crucial nomeadamente para a política norte-americana face à Coreia do Norte.
Em abril, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano deu conta da sua "profunda deceção" com as persistentes homenagens japonesas em Yasukuni, um santuário que "glorifica a exploração colonial" e a política de "agressão" do Japão.
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